Aqui me confesso, eu que um dia mudei de casa e de vida e renasci Merlia.




quinta-feira, 20 de junho de 2013

Coloração à portuguesa


Entrei num revigorante banho salgado. Expeli as mágoas que acumulei ao longo dos anos, lavando-as. Já não nos resta muito mais. O tempo encarregou-se de nos toldar o caminho onde o sol tantas vezes espreitou e sorriu, qual desenho infantil. Já nos temos perdido na bruma sebastianina, para depois nos encontrarmos em domingos de junho, mas parece que a primavera está a acabar e, em dias, junho não passará de uma recordação. Já não nos resta muito mais. Gastámos as palavras, gastámos as ideias, gastámos as vontades, gastámos as soluções. Palavras leva-as o vento e o vento erodiu as nossas. O vento erodiu-nos. Eu bem te disse que devíamos ter deixado as praias do norte e rumar às do sul. Lá há menos vento. O que há é quente e suave, como um sopro quente de paixão, um sussurro ardente, mesmo ao pé do pescoço, que arrepia sem causar frio, que arrepia sem desconforto, que arrepia e sabe tão bem. Lá, a sul, podíamos andar nus e quebrar barreiras. Podíamos ser um só, na ilha do espelho esverdeado e vermo-nos todos os dias assim, da cor da esperança. Da esperança no amor mais bonito que o mundo já conheceu.  
Convido-te a ficar no espaço que construímos e decorámos com o coração, mas tu deixaste de ver o vermelho e mostraste-me o encarnado. O vermelho carne. Cru. Da carne crua. Da dor da saudade de quem está ao lado e tão distante. Ensinaste-me que não há maior saudade do que a de quem podemos tocar sem tocar o coração. Não há maior saudade do que a do riso dos teus olhos depois da ausência, da força da tua mão na minha, do teu abraço profundo e eterno, tão eterno que ainda hoje o sinto, mesmo que o meu coração me conte que tu já não. Esvaiu-se no tempo. Foste-o expelindo, como eu fiz com as mágoas naquele banho salgado. Talvez tenha sido água a mais, afinal a água lava tudo, só não lava as más línguas. E as más línguas dizem que, afinal, talvez não tenha sido a água, mas sim o tempo e que eu quero apenas enganar-me. As más línguas dizem também que não há maior cego do que aquele que não quer ver e que talvez eu seja assim. Mas eu quero ver. Só não quero ver e sentir a dor dilacerante de te ver partir no mar, de te ver partir no céu, num infímo ponto que procurarei pelo infinito. Muito menos te quero ver partir em terra, atrás daquela porta que sempre vi escancarada. Tenho medo. Tenho muito medo. Tenho pavor de portas que se fecham e me deixam a sós com o desamor. 

terça-feira, 2 de abril de 2013

Ao meu amor


Há semanas que me lembro do quão importante é, para nós, este dia. E embora nunca mais tenhamos estado juntos nesta data, desde que tudo aconteceu, não deixa de ser um dia de mel. Das mais sentidas recordações da nossa história.
Ontem à noite saí do quentinho do lar com o relógio a aproximar-se das onze. O céu tirou-me fotografias. A chuva abençoou o percurso. O granizo não se fez esperar e brindou-me com a sua presença. Na minha cabeça pairavas tu. E nós. E a saudade do calor do teu abraço, dos lençóis brancos engelhados, dos cabelos emaranhados, do acordar tardio e do peito a transbordar de felicidade. Voltei a sentir aquela primeira certeza de que, para nós, sempre era o evidente. 
A rádio presenteou-me com uma das nossas músicas dos momentos mais complicados. Na altura em que os nossos encontros eram demasiado espaçados, tinham uma intensidade que gosto de recordar mas não quero voltar a sentir. Eram bons como nenhuns outros. Maus como só eles. Todos os minutos eram sentidos e contados. As horas que dormíamos eram sempre de mais. Os beijos sucediam-se mas nunca colmatavam a falha dos que ficavam por dar. As mãos grudavam até o segurança do aeroporto as separar. Os meus olhos não desgrudavam de ti até desapareceres nas nuvens. E hoje, aquela voz relembrou-me tudo isso. Abri os olhos e adormeci.
Parei a meio, numa bomba de gasolina. Ecoava aquela voz, que me mostraste como alento, por saberes que nós podemos ter um final feliz. Ouvi-a a dizer que o príncipe encantado volta sempre para mim e tive a certeza de que tu soubeste que eu ia parar àquela hora, naquele sítio e que aquilo não foi senão um regresso ao passado dos discos pedidos.
Meti-me no carro e segui viagem. Perto de Arcozelo, o céu iluminava-se com fogo de artifício. Desta vez preparaste tudo ao pormenor. Admirei-o devagar, como admiro o da nossa praia. E, ao aproximar-me dele, vi a letras grandes de romaria que ali se festejava a Nossa Senhora dos Remédios. A nossa senhora dos remédios. 
Não podia ter tido melhor entrada no dia de hoje. Encheste-me a noite de cor. Moveste a natureza para me lembrar que nós escrevemos, dia após dia, a melhor história de que há memória. Pouco depois da meia noite, ainda não satisfeito, traduziste em palavras o teu amor incondicional.  




quarta-feira, 13 de março de 2013

Projeto


Gostava que me sentisses em cada pedaço da tua pele, gostava de correr em cada gota do teu sangue. De me ver ao espelho no brilho dos teus olhos, de me saber em cada pensamento teu.
Gostava de ser a melhor parte da tua manhã, tarde e noite. Ser as festinhas na cabeça, as palavras sussurradas, os beijos no pescoço, o abraço de coração. O abraço com o coração.
Gostava de ser o teu braço direito, mas também a mão, que este amor não se contenta com metades. A beleza, a alegria, o ânimo e o conforto, o colo macio, a manta quente, a crença cega, a emoção constante, a paixão ardente. Ser tanto como os fios de cabelo, o puzzle de mil peças, a enciclopédia mais completa, as estrelas da Via Láctea.
Queria-me na tua vida como a cinestesia que te transporta a casa. A eloquência que te leva ao mundo. E como o quarto onde dormes ao fim do dia. Em paz. O sono dos deuses. Em que me sentes uma. 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Fevereiro mal-me-quer


Fevereiro é por excelência o mês da melancolia. Não sei se é do frio, se é do Carnaval que nos incentiva a usar máscaras. Ou até dos corações que pululam em todo o lado, iludindo-nos com o seu tom de fogo ardente, colóide corrente que nos inunda.
Sei que em pouco tempo, há muito a acontecer. Muitas mágoas regressivas, muita desarrumação sentimental, muitas nuvens escuras que nos toldam a alma e que culminam em muito desleixo. 
Este é um mês negro, uma página do calendário que quero virar rapidamente, para que as flores de março me entrem pela porta e me enfeitem a casa, finalmente arrumada.

Sal em mim


Sabes que a vida tem vários ciclos, quando consegues ouvir uma música esquecida no tempo como se fosse a primeira vez. Quando a sentes com a mesma intensidade. Quando as palavras te cabem tão bem como couberam há anos. Quando as lágrimas que choras têm o mesmo sal.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Renascimento


Não sei se é porque as lágrimas teimam em saltar, se porque te ouvi depois de tantos meses, ou simplesmente porque teimo em almejar o impossível, mas a verdade é que tive saudades disto. De ouvir vozes que trespassam o coração, enquanto a cabeça percorre o mundo. De sentir que uma dor circunstancial me dilacera o coração, mesmo que a cabeça me mostre o ridículo. Da sensação de poder mostrar, sem vergonha, que sou incompreendida. Da ausência de limites. Da transcrição sensorial integral, inalcançável à maioria. Daquela transparência aqui transcrita, tão opaca quando sentida por outros.
Aqui, neste ambiente de luz quente e fria, de temperatura amena, dependente da temperatura dos corpos que o habitam, nada mais ouço do que passos em volta. Que tinha esquecido, na apatia da quietude.






quinta-feira, 20 de dezembro de 2012



Hoje senti saudade do que me fez criar este blogue. Senti falta dos desabafos que aqui deixava, sem medos. E apeteceu-me que o tempo voltasse atrás.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Dóis-me


Vejo as tuas rugas, traços de alegria, que outrora foram parte do meu dia. As tuas mãos grandes. Sinto o teu toque suave, o teu cheiro, a tua presença. Olho e vejo-te por dentro. Sinto-te. Sinto o teu coração descompassado. Aquele que um dia foi tão certo, tão grande, tão meu.
Respiramos o mesmo ar, mas os cheiros que sentimos são tão diferentes. Relembram-me o que ficou lá atrás. E as recordações são já tão longínquas.
Revejo-te em cada imagem, em cada palavra, em cada som. Em cada sopro, em cada gesto, em cada sorriso. Arremessas-me o coração, enquanto me dás a provar o trago amargo desta vida, que já foi tão nossa, tão tua.
E dóis-me. Dóis-me. Dóis-me.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Noite.



Banda sonora de uma noite que as expectativas corromperam. As palavras ecoam na cúpula e não a transpõem. O ricochete magoa como chicotadas. Cada letra perfura como facas. 
Parece que voltei a sentir. Como se o ego tivesse adormecido, fazendo-me renascer.

terça-feira, 3 de julho de 2012

"Tens um mano na barriga?"




Este é um dos testemunhos mais marcantes que li nos últimos tempos. Escrito e sentido por alguém que, ainda não tendo a sua filha nos braços, já é Mãe. 
O desenvolvimento está aqui. A verdade é que rejubilo ao ver que ainda há tanta gente boa. 



"Tens um mano na tua barriga?" - entrou de rompante pelo meu quarto. A mãe, internada no quarto ao lado, tentou demove-la. " Não incomodes a senhora! Anda cá!". Mas ela continuava a olhar para mim, de pé, à beira da minha cama de hospital. Olhos azuis, cabelo louro, 4 anos de gente.
"Também tens um mano na barriga?"- insistia. Pego-a ao colo para se sentar aos pés da cama, leve que nem uma pluma. "Cuidado com o meu cateter!". A mãe, pálida e com ar gasto, grávida do mesmo tempo gestacional que eu, a contar-me da leucemia da filha, dos tratamentos de quimioterapia, da gravidez que pode ser uma esperança de vida, de mais vida ainda, o verdadeiro milagre da vida, para a filha que já vive. Das possibilidades de compatibilidade do novo bebé, que entretanto ganha pouco peso no útero, fruto do sistema nervoso da mãe que, internada, não acompanha pela primeira vez, em dois anos e meio, o ciclo de químio da filha.
"Tens um Bobi?"- fita-me, a pequena, de olhos pregados no suporte com rodas que me eleva o soro. E a mãe sorri, gasta e cansada, velha no pico dos seus 26 anos, a aguardar um milagre que são dois, agora. O bebé só tem um rim mas não lhe importa. A doença da filha ensinou-a a racionalizar a realidade. "Vive-se só com um rim, eu quero é que ele nasça bem, mesmo que não seja compatível,. Quero- os aos dois, bem! Percebe-me, não é?" Percebo tão bem.
E a menina canta- me aos pés. Elevo-a no elevador da cama, fica alta no cimo do colchão elevado. "Vou tocar no sol!"- e não parece doente, enquanto escorrega pelas minhas pernas, se ri às gargalhadas e folheia um livro que me ofereceu uma leitora deste blog.
A mãe a insistir que me deixe sossegada, sorriso exausto. Está desempregada, " ninguém dá trabalho a uma mulher que tem que faltar uma semana por mês para acompanhar a filha na quimioterapia". E, agora, internada. O marido teve que meter baixa para a substituir- "o dinheiro da baixa não vem logo no mês em que gozamos a baixa, este mês nao sei como irá ser". A filha, tagarela, dá gargalhadas e, por um momento, o sorriso abre-se, alheio aos problemas. Acaricia a barriga, como que a regar o crescimento do bebé que aí vem.
Falamos dos bebés que esperamos. Chega mámen para a visita, senta a menina ao colo, faz-lhe desenhos a pedido. A mãe elogia o jeito dele para desenhar. Mostro- lhe a fotografia da parede do quarto da Ana, pintada por ele. A menina pergunta se ele lhe pode desenhar uma Kitty na parede. Sorrimos os dois, cúmplices. Hoje toleramos a Kitty. Sim, irá pintá-lá, logo que a mãe regresse a casa. A menina salta de alegria.
Chega o jantar, a mãe e a menina recolhem ao seu quarto, não sem antes a pequena insistir: "Tens um mano na barriga?".
Lembro- me das discussões que temos tido acerca da preservação de células estaminais. Banco Público ou empresa privada? Se colocarmos no Banco Publico e aparecer alguém que precise, a nossa filha fica sem as suas células disponíveis. No Privado as células serão sempre guardadas para ela.
E a menina ali ao lado, a precisar de um transplante de medula. Não pode haver egoísmo na humanidade. Nem umbiguismo. Se a nossa filha fosse compatível, não hesitaríamos um segundo, sabemo-lo com o olhar, as palavras não são precisas.
E, finalmente, respondo "Sim, tenho uma (m)Ana na barriga!". Porque todos os bebés deveriam ser irmãos da menina.
A minha sê-lo-á.




Gossip (Girl)




Um dos problemas de ser verão é o facto de todas as séries estarem interrompidas. É muito boa a sensação de todas as semanas termos um episódio para ver. Ainda que eu prefira começar a ver uma série quando já vai avançada, para poder ver muitos episódios seguidos.
Uma das que me faz falta é Gossip Girl. Comecei a ver aos poucos e fui deixando entrar sem grande entusiasmo. Arrebatou-me o coração. A deslumbrante e pérfida Blair é qualquer coisa de extraordinário. E o Chuck... Ai o Chuck!. E o Chuck e a Blair. O amor tenso que os poros transpiram, a raiva que os assola tantas vezes e que se dissipa debaixo dos lençóis, a doçura dos momentos em que o sentimento fala mais alto, a guarda a baixar e a trazer ao de cima duas almas nuas. 
Uma das histórias mais bonitas que tenho visto. Talvez por conseguir senti-la tão minha. 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Liberdade


Corria o Verão de 1970 quando M. foi chamado para ir para o Ultramar. Sem contar a ninguém, tentou aproveitar os últimos dias na Metrópole, trabalhando para ganhar uns trocos e divertindo-se nos tempos livres. Pouco antes de partir, coube-lhe a dura tarefa de contar a notícia que todos temiam.
Em Agosto, o pai acompanhou-o ao aeroporto de Figo Maduro. A mãe não conseguiu, a dor toldava-lhe os movimentos. O irmão esforçou-se, mas acabou só, a chorar, sentado numa pedra. Não lhe doía tanto se fosse ele. E sabia que não poderia ir, afinal eram só dois filhos.
Todos os anos, no dia 25 de Abril, ouço uma parte desta história. E sei que, por mais anos que passem, terei sempre de festejar Abril com orgulho e emoção. 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012


terça-feira, 29 de novembro de 2011

Não à violência



Mais um campanha chocante o suficiente para nos lembrar que era a realidade da violência doméstica que devia acabar, não a vida.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A beleza da banalidade



Dos dias normais, guardo a recordação dos jantares a três, do nestum com leite, das padinhas com nutella, do arroz de cabidela a quatro, das conversas banais e despretensiosas, dos episódios escolares de pais e filhas, numa realidade que era tão próxima. Relembro as conversas que eram só de mulheres, as primeiras confissões amorosas, as caixas de bombons compradas em segredo, os intervalos da tarde passados ao ar livre, a hora de ir embora no carro que agora é meu e quase esqueceu que um dia já foi de outra maneira.
Lembro os almoços de família, quando havia vontade de preservar a harmonia. A sopa quente com chouriça, a carne assada com castanhas, que nunca mais terá o mesmo sabor. O espera maridos e o bolo-rei de frutos secos, a cadeira de flores em frente à televisão, a reunião de mulheres na cozinha e o barulho da louça suja. As corridas de crianças no corredor e o gatinhar dos bebés, as cerejas a fazer de brincos, a caixa de rebuçados de morango guardada no quarto da avó, as tardes de cantorias ao som do piano, os fantasmas que apareciam enquanto almoçávamos, os fins de tarde dos Simpsons que nem entendíamos e as sandes de carne assada com maionese.
No fundo, tenho pena que a morte exista, que as pessoas se transformem, que os desentendimentos aconteçam, que os valores não sejam imutáveis, que os divórcios sejam inevitáveis, que as traições aconteçam dentro de portas e que o abandono seja o pão nosso de cada dia. Lamento que a vida se transforme quando é para pior e que os dias normais deixem de o ser, também porque a inocência ficou perdida numa casa onde o sol raiava e os dias eram alegres. Repletos de cores e cheiros. Hoje quase esquecidos no tempo.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sufoco

Não é fácil viver relações complicadas e disfuncionais. Não é fácil enfrentar discussões constantes, desconfianças com fundamento, sentimentos de inferioridade e desinteresse.
E mais difícil ainda é saber que há pessoas em situações piores. Pessoas em relações com um fim anunciado, mas adiado, mágoas profundas, muita falta de respeito e de consideração.
E, por isso, hoje é um dia triste.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011


Hoje sinto-me nervosa. Tive pesadelos daqueles que mexem mesmo comigo. Alguns dos meus grandes medos viraram realidade. O sofrimento antigo desceu sobre mim e fez-me acreditar que tudo aconteceu ontem.

O fabuloso destino de Amélie






"São tempos difíceis para os sonhadores."

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O homem desconhecido


Numa revista desta semana, Marta Cruz fazia a capa. Lançou um livro sobre o drama que conheceu desde que o pai foi envolvido no escândalo "Casa Pia".
Qualquer pessoa que tenha uma relação normal com um pai, tem a sua vida completamente afetada e modificada, se o vê envolvido num caso destes. A vergonha, a incerteza, as questões constantes, devem consumir a alma hora após hora, dia após dia. Não quero imaginar.
Mas por maior que seja a dor de quem acompanha um suposto predador sexual, esta nunca será maior do que a de quem foi abusado. Mesmo que não haja certezas, é sempre importante lembrá-lo.
Eu não sei se o Carlos Cruz abusou das referidas crianças ou não. Mas acredito que sim. Pelos casos que já observei, percebi que o abuso sexual não escolhe faixas etárias, QI, formação ou estrato social. O psicopata está ali mesmo, ao virar da esquina. Envolvido em causas sociais. Lutando pelo povo. Na mesa ao lado num café. Em encontros de amigos. Ou na nossa própria casa. E, por mais difícil que seja, pode perfeitamente ser o nosso pai.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011


Enquanto eu fizer má cara, me chatear, discutir, falar mais do que devo ou chorar, está tudo bem. Ainda estou interessada.
O problema é meu silêncio.